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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O Caramujo, romance histórico (2/18), prólogo


PRÓLOGO



Ó cidades que ostentaes vossos templos, palacios, carroagens e oiros! Por maior que seja a vossa pompa e grandeza, não conseguireis que eu esqueça uma hora passada nos amenos logares da Outra-Banda. (1)

Caramujo, ed. Paulo Emílio Guedes & Saraiva, 15, década de 1900.
Imagem: Fundação Portimagem

O relato das revoluções liberais na literatura documenta-se pela primeira vez com a publicação em 1845 de Julia e Luiza, Romance Histórico que Comprehende o Tempo do Dominio de Dom Miguel, de Francisco Pedro Celestino Soares. 

Depois desta novela vem à luz O Caramujo, de António Avelino Amaro da Silva, publicada em 1863, que focaliza a sua atenção no pensamento absolutista, como Flor de Myosótis, Romance Original (1886), de Alberto Pimentel.

En 1868 aparece o célebre Mário, Episódios das Lutas Civis Portuguezas de 1820 - 1834 (1868), de A. Silva Gaio, uma síntese da implantação do liberalismo em Portugal desdea revolução liberal vintista à Guerra Civil. 

Na década de 70 editam-se A Família Albergaria (Entre 1824 -1834), Romance Histórico Original (1874), de Guiomar Torresão e A Infâmia de Frei Quintino (Romance duma Família) (1878), de Faustino da Fonseca. 

O mesmo publicará em princípios do século XX Os Bravos do Mindello, Romance Histórico (1906) (2).

(n. do e.) O livro de António Avelino Amaro da Silva, O Caramujo, publicado em 1863, transporta-nos aos acontecimentos das Campanhas da Liberdade de 1831 a 1833. Em face da cultura e mentalidades da época, esperemos, pois, aí encontrar os estéreotipos e preconceitos sociais próprios do seu tempo.

O Caramujo, a partir de 1 de janeiro de 1911, foi também publicado em folhetins no jornal O Correio do Sul, folha semanal anticlerical e defensora dos interesses do concelho de Almada, de António Baptista Ferreira.


(1) Silva, Avelino Amaro da, O Caramujo, romance histórico original, Lisboa, Typographia Universal, 1863, 167 págs.

(2) Magallanes o el noveno círculo

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