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domingo, 22 de março de 2015

Cacilhas 1946, cliché Mário Novais

Mário Novais (1899 – 1967)

Membro de uma reconhecida família de fotógrafos portugueses com actividade em Lisboa desde o último quartel do século XIX, filho do retratista Júlio Novais (1867 - 1925), sobrinho de António Novais (1855 - 1940) e irmão de Horácio Novais (1910 - 1988).

Cacilhas, largo do Costa Pinto, Mário Novais, 1946.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

Inicia a sua actividade profissional, no início da década de 1920, como retratista na "Fotografia Vasquez". Participa no I Salão dos Independentes (1930).

Cacilhas, largo do Costa Pinto (detalhe), Mário Novais, 1946.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

Em 1933, monta o seu próprio estúdio, o "Estúdio Novaes", em actividade durante 50 anos, tendo ficado ligado à temática de foto-reportagem, fotografia publicitária, comercial e industrial e ainda à fotografia de obras de arte e arquitectura (área em que se especializou), trabalhando com diversos organismos estatais e instituições particulares.

Cacilhas, largo do Costa Pinto (detalhe), Mário Novais, 1946.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

É responsável pela produção das mais importantes coberturas fotográficas de manifestações culturais e artísticas em Portugal e no estrangeiro. Integra o grupo de artistas seleccionados por António Ferro para a elaboração dos álbuns fotográficos Portugal 1934 e Portugal 1940.

Cacilhas, largo do Costa Pinto (detalhe), Mário Novais, 1946.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

Participa na Exposição Internacional de Paris (1937) com a introdução no circuito expositivo de ampliações de imagens de arquitectura e edição de uma série de postais, intitulada "Coutumes Portugais", representação dos usos e costumes de um povo individualizado em cada um dos rostos captados, na Exposição Internacional de Nova Iorque (1939) e na Exposição de Arte Portuguesa (Londres, 1955).

Cacilhas, largo do Costa Pinto (detalhe), Mário Novais, 1946.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

Colaborou em diversos periódicos, como a Ilustração Portuguesa, para a qual, na década de 1920, faz a cobertura de acontecimentos políticos, culturais, comerciais e desportivos e como a revista Panorama, já nos anos de 1940.

Cacilhas, largo do Costa Pinto (detalhe), Mário Novais, 1946.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

Colabora na publicação Vida e Arte do Povo Português, realizada no âmbito das Comemorações dos Centenários, da autoria de Francisco Lage e Luís Chaves.

Cacilhas, largo do Costa Pinto (detalhe), Mário Novais, 1946.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

O Museu de Arte Popular reúne um valioso espólio documental com obras de sua autoria, expostas nas diversas exposições organizadas pelo S.P.N./S.N.I. (1)

Cacilhas, largo do Costa Pinto (detalhe), Mário Novais, 1946.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

O espólio de Mário Novais, retratista e mais tarde excelente fotógrafo de arquitectura e obras de arte, foi em 1985 adquirido pela Fundação Gulbenkian e confiado ao seu Arquivo de Arte. (2)

Cacilhas, cacilheiro, Mário Novais, década de 1940.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

Como refere Luis Pavão, responsável pelo tratamento e arquivo da colecção, esta chegou ao Arquivo de Arte da Fundação, e aí permaneceu durante dois anos, tendo sido abertas apenas algumas caixas com o intuito de inspecção.

Nessas inspecções detectou-se a presença de negativos em nitrato de celulose, material altamente inflamável. Conscientes então do perigo que esta quantidade de material fechado numa sala sem climatização poderia causar, levaram a Fundação, no início de 1990, a por em marcha todo um processo de tratamento.

Mário Novais, por António Sena da Silva, 1960.
Imagem: MNAC (museu do Chiado)

A digitalização da colecção, que agora podemos consultar via computador, foi logo pensada de início, e se à época o modo digital era quase uma ficção, hoje é o sistema adoptado e vulgarizado nos arquivos. (3)


(1) Museu de Arte Popular
(2) Alexandre Pomar
(3) SAISDEPRATA-E-PIXELS

Informação adicional:
Wikipédia
Estúdo Mário Novais no Flickr

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