Lançamento à água da canhoneira Chaimite no estaleiro de Parry & Son em 3 de Agosto de 1898. Museu de Marinha |
O surgimento do Ultimato Britânico em 1890 levou a que fosse necessário garantir uma Marinha capaz de proteger os interesses de Portugal em terra e no mar. Com a assinatura da Grande Subscrição Nacional no mesmo ano, foi possível, através das verbas reunidas, adquirir parcialmente a canhoneira Chaimite e o cruzador Adamastor.
H. Parry & Son. Restos de Colecção |
Em janeiro de 1889 a Canhoneira Chaimite partiu rumo à província ultramarina de Moçambique onde chegou a 20 de abril. A sua atividade operacional iniciou-se quando serviu a Esquadrilha do Zambeze até agosto de 1900 e, após esse empenhamento, participou na missão de levantamento hidrográfico nas baías do Mossuril e de Lourenço Marques, na missão de balizagem do Chinde e Quelimane, e ainda esteve envolvida na repressão à escravatura na área de Angoche, em paralelo com outras operações militares na costa moçambicana.
Em 1915, durante os confrontos em África, serviu de apoio ao cruzador Adamastor nas operações do Rovuma, rio que separa Moçambique, antiga colónia portuguesa, da Tanzânia, antiga colónia alemã.
A canhoneira Chaimite marcou um avanço, não só na construção naval portuguesa, mas igualmente na introdução de novas tecnologias a bordo, com destaque para o gerador elétrico, para iluminação e alimentação de um projetor. A 20 de maio de 1920 foi abatida ao efetivo dos navios da Armada. (1)
(1) Comissão Cultural de Marinha
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Ainda nos estaleiros do Ginjal que depois foi a SORENA,na foto o edifício ainda se encontra, edifício este que no início dos anos 60 sofreu um grande incêndio.
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