Páginas

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Iconografia de Lisboa (7.ª parte)

Antes de prosseguir com as nossas anotações ao fio da leitura do texto de Vieira da Silva, e entrar em pleno no século XVIII, interessemo-nos brevemente por algumas simples imagens e detalhes, que vêm contextualizar a dinâmica da evolução urbana da Ribeira das Naus, do paço e do terreiro na época manuelina.

1521 - 1557, Galeria das Damas do Paço da Ribeira e Ribeira das Naus, Livro de Horas de D. Manuel, António de Holanda.
Imagem: PortugalWeb

O detalhe da Galeria das Damas e a vista poente sobre o rio.

Galeria das Damas do Paço da Ribeira e Ribeira das Naus,
Livro de Horas de D. Manuel, António de Holanda.
Imagem: MatrizNet

A ocupação do Terreiro do Paço e da Ribeira das Naus e as atividades.

1572, Civitates Orbis Terrarum, Georg Braun [Georgio Braúnio], Frans Hogenberg.
Imagem: Prosimetron

As novas construções.

1598, Vrbivm praecipvarvm mundi theatrvm qvintvm Georg Braun  [Georgio Braúnio Agrippinate], Franz Hogenberg.
Imagem: Wikipedia

E mais a montante, junto ao Chafariz d’El-Rey.

1540 - 1550  (ou 1570), Panorâmica de Lisboa (detalhe), Leiden University Library Bodel Nijenhuis Collectie Leyden.
Imagem: Wikimedia

A mesma cidade, a mesma gente.

O Chafariz d’El-Rey, década de 1570, sobre a Panorâmica de Lisboa da  Leiden University, 20 a 30 anos anterior.

O exotismo dos tipos do renascimento, misturado com cenários e elementos de um gótico tardio, mas nativo.

1570- 1580, Lisboa, Chafariz d’El-Rey, autor desconhecido (Colecção Berardo).
Imagem: Lisboa, cidade africana

E mais tarde, os que vieram, convidados, desejados ou não, como o rei que sempre adiava a chegada. Construiu-se dentro do tempo e fizeram-se imagens antes dele.

1613, Joyeuse entrée Filipe III de Castela, Castelo de Weilburg Alemanha.
Imagem: MNAA

Depois, no seu tempo, refeitas. E um dia também esses partiram.

Chegada do D Filipe II de Portugal a Lisboa para uma viagem no Reino de Portugal,
Gravura Ioam Schorquens, segundo Domingos Vieira Serrão, 1619.
Imagem: Wikimedia

E outros chegaram. E o rei que pagou para casar com a noiva que roubou...

1693, Lisboa, Entrada de Giorgio Cornaro para a Primeira Audiência com D. Pedro II, 1693.
Imagem:

E que interessa. As imagens de Lisboa junto ao rio emolduram-se no grasnar das gaivotas.


Artigos relacionados:
Da fábrica que falece à cidade de Lisboa
Delícias ou descrições de Lisboa
Panorâmica de Lisboa em 1763

Leitura adicional:
Vieira da Siva, Augusto, Iconografia de Lisboa, Revista Municipal n.° 32, Câmara Municipal de Lisboa, 1947
Viagem da Catholica Real Magestade del Rey D. Filipe II N.S. ao Reyno de Portvgal
A entrada pública do Núncio Giorgio Cornaro em Lisboa (1693)

Sem comentários:

Enviar um comentário