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domingo, 5 de junho de 2016

Villa Maria da Conceição

No Caramujo e Romeira, os edifícios de habitação mais antigos (para além das habitações existentes sobre os armazéns), estavam implantados entre os armazéns, nos espaços livres entre as fábricas ou eram antigos armazéns adaptados,

Villa Maria da Conceição, 2016.
Imagem: AVM

como é o caso da Vila Maria da Conceição, um antigo armazém de vinhos.


A carta de 1813 mostra que o ribeiro da Mutela desaguava no Tejo através de dois braços, um deles dirigindo-se para a Romeira.

Carta Topográfica Militar da Península de Setúbal (detalhe), José Maria das Neves Costa, 1813 — 1816.
Imagem: IGeoE

Em 1849, o ribeiro só estava canalizado para o lado da Romeira, já não desaguando nas valas, também conhecidas por "abertas".

Plano Hydrográfico do Porto de Lisboa (detalhe), 1847.
Imagem: Biblioteca Nacional de Portugal

Aqui construiu-se uma comporta que impedia a entrada da água nas marés vivas; sem o controle da comporta, a água, ao penetrar pela vala, transpunha as suas margens, alagando a parte baixa da Cova da Piedade.

Almada, Romeira, Paulo Emílio Guedes & Saraiva,16, década de 1900.
Imagem: Delcampe

O sítio ficou conhecido por Sarilho, nome do engenho que fechava a comporta e que ficava situado no cruzamento entre o Largo da Romeira e a Rua Manuel José Gomes, junto ao início do quarteirão da Vila Maria da Conceição.

Panorâmica da fábrica William Rankin & Sons na quinta do Outeiro no Alfeite, 1885.
Imagem: Alexandre M. Flores, Almada na história da indústria corticeira e do movimento operário...

[...] que se localiza em frente de uma das antigas portas da [fábrica] Rankins [instalada numa quinta senhorial do século XVIII]. (1)


(1) Samuel Roda Fernandes, Fábrica de molienda António José Gomes, Lisboa, Universidade Lusíada, 2013

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