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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Grande Parada dos Bombeiros Portugueses

16 de Junho de 1935

A parada teve como pano de fundo as principais artérias da Baixa de Lisboa, sendo assistida, ao longo de todo o percurso, por enorme multidão, desperta pela vistosidade dos fardamentos e das viaturas, para além dos estandartes e das bandas de música que marcaram a cadência das garbosas e disciplinadas formações de bombeiros. O número de participantes saldou-se num verdadeiro êxito: 2488 homens e 114 viaturas (15 carros de pessoal, 110 carros de combate, 2 ambulâncias e 17 auto-macas).

Viatura dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas na II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses em 16 de Junho de 1935.
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Em termos organizativos, as forças motorizadas concentraram-se em Belém, na Avenida da India, dirigidas pelo comandante do então Batalhão de Sapadores Bombeiros de Lisboa, major Frederico Vilar, enquanto as forças apeadas, sob a orientação do comandante dos Bombeiros Voluntários Portuenses, major Gabriel Cardoso, reuniram entre a Praça de D. Pedro IV e a Praça dos Restauradores [...]

Viatura dos Bombeiros Voluntários de Almada na II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses em 16 de Junho de 1935.
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Numa tribuna instalada na Avenida da Liberdade, assistiu à parada o Presidente da República, general Óscar Carmona, acompanhado do ministro do Interior, Manuel Rodrigues Júnior, e do governador civil de Lisboa, tenente-coronel João Luís de Moura, entre outras altas entidades do Estado. (1)

Viatura dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas na II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses em 16 de Junho de 1935.
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À noite

As viaturas concentraram-se às 22 horas na avenida da India e cada bombeiro recebeu uma provisão de fogo de artifício. Uma hora depois o cortejo pôs-se a caminho. Ao chegar ao Terreiro do Paço a iluminação do percurso imediato foi atenuada e principiou a queima de fogo, dos veículos em marcha.


Viatura dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas na II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses em 16 de Junho de 1935.
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O aspecto feérico da longa fila de carros, donde jorravam fachos de luz, era deslumbrante. A todo o momento subiam no ar foguetes que se derramavam depois em lágrimas refulgentes de luz ante os olhares da multidão maravilhada. (2)


(1) Bombeiros de Portugal
(2) Ilustração N.º 229, 1 de julho de 1935

Artigo relacionado:
Museu de Bombeiros

Mais informação:
O Noticias Ilustrado n.° 367, 1935, cf. A voz dos egrégios avós

Leitura relacionada:
Victor M. Neto, Bombeiros Voluntários de Cacilhas, 120 Anos a servir..., Cacilhas, Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cacilhas, 2011


Informação relacionada:
Liga dos Bombeiros Portugueses, Núcleo de História e Património Museológico

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