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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O Caramujo, romance histórico (11/18), o oratorio


O ORATORIO



Vue de Lisbonne prise de Alfeite, Celestine Brelaz (Lenoir), c. 1830.
Imagem: Biblioteca Nacional de Portugal

Estamos a 24 de setembro de 1831. É noite. A lua em todo o seu esplendor illumina a praia do Caramujo, que se estende por detrás da longa fileira das casas que formam a povoação.

Da esquerda o quadro vae terminar no agudo Pontal de Cacilhas. Da direita vê-se a meio da praia a pequena ponte que dá facil desembarque para os armazens de vinhos; mais além ainda a praia e os rochedos, depois o terreno encurva-se, e apresenta a vista, como um alvo lançol, o estabelecimento de Valle de Zebro, e mais em distancia as casinhas do Barreiro, como outros tantos pontos esbranquiçados sobre o fundo escuro do horisonte.

A noite está serena. O silencio é apenas interrompido pelo ruido das vagas, que magestosamente se desenrolam na areia. Quem áquella hora e com aquelle luar escutasse o rouco marulho do patrio Tejo, facilmente imaginaria a voz de um velho acalentando uma creança.

Mais perto percebe-se que ao rumor das aguas se reune o vozear baixo e entrecortado, que sae de um pequeno grupo de pessoas sentadas á porta do pateo da tanoaria de Jeronymo.

É Antão Diniz, sua mulher, sua filha, Pedro Marques de Faria, e Botelho. Tambem lá se vê Espanta-maridos, de mãos nos bolsos da jaqueta, a passear, parando ás vezes e estendendo a vista pelo rio, como quem procura descobrir alguma coisa ao longe.

Estão esperando Chrysostomo, que hade chegar de Lisboa e que já tarda. De vez em quando Espanta-maridos esconde-se por uma travessinha, a ver se lobriga a sua cara Felizarda em alguma das janellas que para ali tem a casa de Antão Diniz, voltando depois para junto das filhas pequenas de Jeronymo, que andam brincando na praia.

Estava pois aquelle pequeno rancho entretido a conversar.

— E Chrysostomo sem chegar, diz D. Francisca. Pedi-lhe que fosse a Lisboa saber de Franco, e com a certas encommendas para elle; são estas horas, e ainda não apparece.

— Deve estar por ahi a todo o momento, disse Jeronymo, olhando tambem para o rio. Na verdade sr.a D. Francisca, acrescentou elle, — salvou v. ex.a da morte o nosso amigo Franco. Deus ha de lhe levar em conta essa boa obra. Actos d'esses só elle os pode premiar, que os homens não teem com que.

Botelho que tinha estado muito alegre em quanto a conversação versava sobre outros pontos, levantou-se e foi-se entreter com as pequenas de Jeronymo.

— Foi a Providencia Divina que conduziu El-Rei ao quarto da Infanta n'aquella occasião, porque poucas vezes lá vae. Excellente senhora! Coração de anjo! Digna filha do bondoso D. João VI! exclama Jeronymo, e todos applaudiram.

Entretanto chegou a velha Ignez, criada de Franco. Vinha do Pragal a saber se Chrysostomo chegara. Sabendo que ainda não tinha voltado, foi-se ter com Felizarda a casa de Antão Diniz.

— A respeito do collegio ha alguma novidade? perguntou Jeronymo.
— Sempre tive occasião de entregar á Infanta uma nota da importancia da casa que se comprou, e ella deu ordem para se pagar. Quiz entregar-lhe os titulos, mas não m'os recebeu, e mandou-me que os conservasse em meu poder — respondeu D. Francisca.

— Com que então temos brevemente o collegio a funccionar? perguntou Jeronymo.
— Ha de demorar-se algum tempo, respondeu Antão Diniz. É preciso que a Infanta lhe estabeleça dotação, é preciso fazer muitas obras na casa, fazer um regulamento, escolher mestres, e outros preparativos. Nós não nos descuidamos. A difliculdade da casa já está vencida.

A conversação cessou por alguns momentos até que o Faria disse:

— Como se fallou ha pouco em D. João VI lembrou-me o roubo dos castiçaes de prata.
— Ora, com que vossê vem! Isso é mais velho que a Sé; não ha ninguem que o não saiba — disse Jeronymo.

D. João VI (1767 - 1826), principe regente (1792 - 1816), rei de Portugal (1816 -1826),
Albertus Jacob Frans Gregorius, 1825.
Imagem: Wikipédia

— O que é? perguntou Mathilde. Eu ainda o não ouvi. Desejava bem que m'o contassem.
— Conte la, sr. Pedro Marques de Faria. Sempre nos desvia a attenção dos casos tristes que nos trazem afflictos — disse D. Francisca.

Pedro Marques não se fez rogar muito; conchegou o seu josésinbo, puchou o cigarro, cruzou uma perna sobre a outra, e enterrando o chapeo pela cabeça abaixo, começou n'estes termos:

— Passarei a dizer-lhes que estava um dia na tribuna da capella do paço da Bemposta El-Rei D. João VI fazendo oração, e justamente n'essa occasião não havia mais ninguem na capella senão um granadeiro do regimento de Peniche, o 13 de infanteria, que de bayoneta na mão fazia a sua sentinella.

Ora, aconteceu que desde algum tempo a attenção do granadeiro era attrahida por uns pequenos castiçaes de prata que havia no altar-mor, e tinha-se-lhe mettido no corpo o desejo de os furtar.

Como o diabo sempre as arma, deparou-lhe occasião opportuna, porque olhando para todos os lados e julgando-se só, pois não tinha dado pela presença do rei, foi-se mui lampeiro e de mansinho ao altar, lançou rapidamente mão aos castiçaes, e metteu-os na patrona. N'este momento El-Rei que estava na tribuna, e tinha visto o caso, tossiu e assoou-se de proposito para que o soldado desse por elle.

O soldado ouvindo rumor ergueu a cabeça, e dando com o rei, ficou todo aparvalbado; mas como visse que elle se sorria, e como era um refinado brejeiro, occorreu-lhe uma feliz idéa — poz um dedo na boca como costuma fazer quem por gestos pede segredo, e retirou-se para o seu posto.

Passado pouco tempo vieram rendel-o, e tambem o rei concluiu a sua oração e se retirou. Decorreram algumas horas sem se dar pelo roubo, até que finahnente o sacristão, vindo á capella para arrecadar os paramentos e fechar a porta, e achando os castiçaes de menos, começou a procural-os todo receioso de que lhe attribuissem o seu desapparecimento.

Aqui vão, acolá vão, foi tal o reboliço a que deu logar o caso, que chegou aos ouvidos do rei.

— Que bulha é esta que ha tempos estou ouvindo? perguntou elle um tanto enfadado.
— Saberá V. M., disse-lhe o seu escudeiro, que são os criados que estão altercando uns com os outros e com o sacristão da capella, porque este diz que desappareceram do altar-mór uns castiçaes de prata, que elle não os guardou, que os furtaram, e alguem do paço foi, porque a sentinella de certo não deixava aproximar do altar pessoa alguma de fóra.
— Pois digam ao sacristão e aos criados que soceguem, porque nenhum d'elles os levou.
— Entao sabe V. M. quem os furtou.
— Sei, porque os vi furtar quando estava na capella.
— E conhece V. M. o ladrão?
— Conheço, mas pediu-me segredo... — respondeu o rei, com toda a bonhomia, sem acabara phraze.

E o caso e que por mais que instassem com elle, nunca declarou quem os tinha furtado. Só se desconfiou que fora um soldado do 13 de infanteria, porque El-Rei deu ordem para que nunca mais esse regimento desse guarda para o Paço.

— Agora lembra-me outro de D. João V, tambem de muito chiste [piada].
— Conte lá, disseram todos.

D. João V (1689 - 1750), rei de Portugal (1707 -1750), Jean Ranc, 1729.
Imagem: Wikipédia

— Passarei a dizer-lhes, começou o Faria, que El-Rei D. João V costumava muitas vezes sair do paço á noite, sósinho, embuçado n'uma grande capa, com a sua espada á cinta para o que dêsse e viesse, porque era um grande jogador de espada, e disfarçado de modo que não podesse ser reconhecido.

E assim a coberto do seu incognito andava por toda a parte onde havia ajuntamentos e conversações, a fim de observar o que se dizia do seu governo e das cousas publicas. Entrava nas egrejas, nos botequins, nos bilhares, até mesmo em tabernas; e mais de uma vez teve occasião de se louvar d'este seu entretenimento, porque por este modo conheceu e remediou muitos damnos que sotfriam os particulares.

N'isto imitava aquelle famoso Haroun Alraschid das Mil e Uma Noites, com a diderença de que ia só, e o Califa fazia-se sempre acompanhar do seu grão-visir Giafar, o que não era das melhores coisas para um rei que se quer inteirar da verdade do que se passa.

Recolhia-se pois El-Rei n'uma bella noite ao palacio onde ordinariamente residia, que dava para a Praça a que hoje chamam do Commercio, e n'aquelle tempo se chamava e ainda hoje vulgarmente se chama Terreiro do Paço, quando achando-se cançado da sua excursão, e estando o tempo ameno, se foi sentar no Cáes-novo, que se suhverteu pela terra abaixo cheio de immensa gente por occasião do terremoto de 1755.

E onde havia El-Bei de ir sentar-se? Justamente defronte de um gordo frade, já velho, que de capuz descido e calva á mostra aspirava a fresca viração da noite.

— Que faz por aqui o padre a estas horas? perguntou-lhe EI-Rei sem se desemhuçar.
— Estou tomando o fresco, disse o frade, examinando attentamente o seu interlocutor, e reconheencdo El-Rei, apezar do seu disfarce.

— O padre é de Lisboa?
— Não senhor: sou do convento de S. Bernardo de Portalegre. Vim a Lisboa a tratar de um negocio, vae em dois mezes, e na verdade já estou enfastiado de por aqui andar. — Fui por duas vezes á audiencia d'El-Rei, e elle não me despachou o negocio. Ainda terei a paciencia de comparecer na primeira audiencia que houver; mas se d'esta vez não conseguir nada, mando El-Rei á tabua, e vou-me caminho do meu convento.

— Ora, disse o rei, sempre queria ouvir o padre mandar o rei á tahúa na audiencia.
— É coisa em que não terei duvida nenhuma, se elle me não servir — respondeu o frade.

— O padre esta brincando: tomou, E1-Rei. De certo não se atrevia.
— Digo-lh'o, tão certo como estarmos nós aqui. Já me vae faltando a paciencia.

Levantou-se o rei, foi-se ao paço sempre com o dito do frade na memoria, e determinou logo que no dia seguinte daria audiencia.

Como esta ordem fosse dada tão inopínadamente todos estavam anciosos por que chegasse a hora da audiencia, descontiados de que alguma grande novidade se apresentaria.

Não faltou o frade, e apenas El-Rei deu por elle logo lhe acenou a que se chegasse.

Aproximou-se elle, expoz o seu negocio ao Rei, este ouviu-o attentamente, fingiu meditar um pouco, e disse-lhe depois:

— Não tem logar o seu pedido.
— Então, visto isso, disse logo o frade sem se desconcertar, o dito dito lá no Cáes-novo.

El-Rei que não esperava esta resposta, começou a rir, chamou o frade que já se retirava, e fez-lhe mercê.

Tinha acabado o Faria de fallar, quando appareceu Espanta-maridos a correr.

— Sr.a D. Francisca, vejo uma vélasinha lá ao longe, que parece dirigir-se para aqui.
— Ha de ser Chrysostomo; vamos a ver — disse Antão Diniz. E todos se aproximaram da praia.

Vista de Almada e Cacilhas (detalhe), Charles Landseer, 1825.
Imagem: Instituto Moreira Salles

Com effeito descobria-se ao largo uma vela, mas tão distante que era impossivel determinar que direccäo levava. A mare enchia em toda a sua força. Pouco a pouco se foi percebendo que o barquinho vogava tambem a remos.

— Vem para cá, exclamou Espanta-maridos. Não tenho duvida em apostar que e Chrysostomo.

E assim era. Cada vez o barco se aproximava mais, até que se percebeu distinctamente que d'elle acenavam com um lenço.

Todos tiraram os seus lenços, e com muita alegria começaram a acenar tambem.

Emfim tanto se aproximou o bote á praia, que poude ouvir-se Chrysostomo que dizia:

— Muito boas noites, e muito boas novidades de Franco. Está de saude.

A velha Ignez tinha descido e tambem Felizarda, e tinham-se reunido na praia mais algumas pessoas do Caramujo, como é costume quando alguem ali aporta.

— Então está de saude? diz Antão Diniz. Vistel-o?
— Vi, disse Chrysostomo, saltando em terra. Está muito animado e de saude.

— Graças a Deus! exclamaram todos, e foram abraçar Chrysostomo.
— Desembuche para ahi, diz Jeronymo; vamos e depressa.

Depois de se haverem sentado, Chrysostomo disse:

— Em primeiro logar muitos agradecimentos aos amigos, e em especial as sr.as D. Francisca, D. Mathilde, e ao sr. Diniz. Agora saibam o seguinte:

Franco esteve no oratorio com os outros desgraçados, ao todo 22, que tantos eram os da segunda sentença, e como elles de alva vestida, confessado e commungado, emfim preparado para marchar ao supplicio. Desde que entrou no oratorio não pode mais comer; sentou-se no vão d'uma janella, e d'ahi olhava pelos varões de ferro para a cidade, para o Tejo, para a Outra-Banda, e para este pontal de Cacilhas, cuja vista lhe fazia partir o coração.

D'ali viu chegar a tropa que o havia de escoltar e a seus companheiros. D'estes uns choravam, outros olhavam para as paredes como imbecis; uns praguejavam, outros accusavam-se mutuamente, e os padres tomavam mais medonha esta scena com as suas predicas e admoestações.

Depois viu Franco que a tropa desensarilhava as armas. Aproximava-se o momento de partir. A porta abriu-se, o carcereiro entrou e leu a relacao das victimas, cada uma das quaes ia saindo acompanhada de um padre, á medida que era chamada pelo nome.

APDG, Sketches of portuguese life, manners, costume and character, Execução dos conspiradores em 1817 01, 1826.
Imagem: Internet Archive

Já todos tinham saido, e só ficava na prisão Franco, quando este muito admirado viu que o não chamavam e se corria o ferrolho. Então começou a ter uma vaga esperança de salvação, e esta muito mais se augmentou quando da janella viu partir os companheiros. Passou-se uma hora, duas, tres de terrivel angustia, até que a final correu-se o ferrolho, e tiraram-n'o da prisão. Franco perdeu de todo a esperança, lançou um ultimo olhar para a Outra-Banda, duas lagrimas se lhe deslizaram dos olhos, e seguiu o carcereiro.

Passados momentos tiraram-lhe a alva [túnica branca com que se vestiam os condenados à forca], e disseram-lhe que S. M. houvera por bem comutar-lhe a pena em degredo por tres annos para a India. Franco não poude mais, perdeu os sentidos. Pouco depois de os ter recuperado entrava eu, e a scena que' vi nunca me ha de esquecer. Todos os presos estavam juntos d'elle prestando-lhe soccorros como se fora seu irmão.

APDG, Sketches of portuguese life, manners, costume and character, Execução dos conspiradores em 1817 02, 1826.
Imagem: Internet Archive

— Basta! basta! exclamou Diniz. Não vês como estão estas senhoras! Effectivamente não eram só as senhoras, todos estavam commovidos ao ouvirem a narração de Chrysostomo, e elle proprio a custo continha as lagrimas.

Depois de uma breve pausa disse Faria:

— Pobre rapaz! Que horrorosa anciedade essa em que o deixaram estar tantas horas até lhe participarem a commutacão da pena! Pois que o não levavam com os mais, signal era que já sabiam que estava salvo, e queriam de proposito deixal-o na ignorancia para o martyrizarem.

— O caso é, sr. Antão Diniz — disse Chrysostomo baixinho para as senhoras não ouvirem — que elle não parece o mesmo, está como se saísse de uma longa e dolorosa enfermidade.

Botelho tinha ouvido a narração, um pouco desviado e roendo as unhas.

— Mas porque vieste tão tarde? disse D. Francisca.
— Porque me prenderam á saida do castello, e não me soltaram em quanto não chegou o governador, que me tinha deixado entrar, porque e pessoa do conhecimento do sr. Diniz. Franco fallou em todos os amigos, e ficou admirado de que não fosse comigo o sr. Botelho — disse Chrysostomo.

Botelho, que tinha estado muito calado em quanto se fallara de Franco, respondeu:

— Todos sabem a delicadeza da minha posição. Se o fosse ver ficava compromettido sem utilidade nenhuma para elle, que de nada carece, graças á valiosa protecção da sr.a D. Francisca.
— E se a sr.a D. Francisca não podesse, cá o pobre tanoeiro, acrescentou Jeronymo, ainda ali teria duas aduellas e dois barris velhos com que apurar algumas moedas para lhe mandar.

— Por vida minha, disse Pedro Marques de Faria ao ouvido de Jeronymo, este Botelho é uma figura bem quesilenta. Tenho estado a observal-o, e tem-me parecido ver o diabo.
— Deixe-se d'isso. Vosse sempre sympathisou pouco com o homem, mas não tem razão — respondeu Jeronymo.

— Pois não quer você que eu embirre com aquelle andar vagaroso que pede licenca a um pé para mexer o outro, aquella cor macilenta e quasi acobreada aquelle narizinho adunco, aquella estatura de judas, e aquelle pescocinho á banda! O maldicto tem uma cara patibular — disse o Faria.
— Ai como vossê está hoje! Isso foi a conversa que o poz assim. E na verdade estamos todos tristes com o que tem acontecido ao pobre Franco.

— Oh senhores! exclamou Jeronymo. O que não tem remedio, remediado está. Fez-se o que se podia fazer. Se não fosse a senhora D. Francisca não se mas em fim cada qual fez o seu dever. Isto porém conseguia nada; vae-se reduzindo; já aqui faltam na sociedade dois — o Franco e o Gomes. O Gomes portou-se com a maior infamia.
— Não fallem mais em Gomes, disse Diniz, enganou-me. Pois eu com esta edade já devia conhecer os homens. Risque-se da nossa memoria. Eu já lhe mandei dizer por Espanta-maridos que não se atreva a por mais os pés em minha casa.

A este tempo ouviu-se o toque de uma campainha. Era Felizarda a annunciar que o chá estava prompto.

O Tejo em frente do Caramujo, Revista Illustrada, fotografia de A. Lamarcão, gravura de A. Pedroso, 1892.
Referencia: Toscano, Maria da Conceição da Costa Almeida, A fábrica de moagem do Caramujo património industrial
Imagem: Fernandes, Samuel Roda, Fábrica de molienda António José Gomes

Então suspendeu-se a conversação, e a sociedade retirou-se a casa de Antão Diniz.


Silva, Avelino Amaro da, O Caramujo, romance histórico original, Lisboa, Typographia Universal, 1863, 167 págs.

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