A parada teve como pano de fundo as principais artérias da Baixa de Lisboa, sendo assistida, ao longo de todo o percurso, por enorme multidão, desperta pela vistosidade dos fardamentos e das viaturas, para além dos estandartes e das bandas de música que marcaram a cadência das garbosas e disciplinadas formações de bombeiros. O número de participantes saldou-se num verdadeiro êxito: 2488 homens e 114 viaturas (15 carros de pessoal, 110 carros de combate, 2 ambulâncias e 17 auto-macas).
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Viatura dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas na II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses em 16 de Junho de 1935. InfoGestNet |
Em termos organizativos, as forças motorizadas concentraram-se em Belém, na Avenida da India, dirigidas pelo comandante do então Batalhão de Sapadores Bombeiros de Lisboa, major Frederico Vilar, enquanto as forças apeadas, sob a orientação do comandante dos Bombeiros Voluntários Portuenses, major Gabriel Cardoso, reuniram entre a Praça de D. Pedro IV e a Praça dos Restauradores [...]
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Viatura dos Bombeiros Voluntários de Almada na II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses em 16 de Junho de 1935. InfoGestNet |
Numa tribuna instalada na Avenida da Liberdade, assistiu à parada o Presidente da República, general Óscar Carmona, acompanhado do ministro do Interior, Manuel Rodrigues Júnior, e do governador civil de Lisboa, tenente-coronel João Luís de Moura, entre outras altas entidades do Estado. (1)
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Viatura dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas na II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses em 16 de Junho de 1935. InfoGestNet |
À noite
As viaturas concentraram-se às 22 horas na avenida da India e cada bombeiro recebeu uma provisão de fogo de artifício. Uma hora depois o cortejo pôs-se a caminho. Ao chegar ao Terreiro do Paço a iluminação do percurso imediato foi atenuada e principiou a queima de fogo, dos veículos em marcha.
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Viatura dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas na II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses em 16 de Junho de 1935. InfoGestNet |
O aspecto feérico da longa fila de carros, donde jorravam fachos de luz, era deslumbrante. A todo o momento subiam no ar foguetes que se derramavam depois em lágrimas refulgentes de luz ante os olhares da multidão maravilhada. (2)
(1) Bombeiros de Portugal
(2) Ilustração N.º 229, 1 de julho de 1935
Artigo relacionado:
Museu de Bombeiros
Mais informação:
O Noticias Ilustrado n.° 367, 1935, cf. A voz dos egrégios avós
Leitura relacionada:
Victor M. Neto, Bombeiros Voluntários de Cacilhas, 120 Anos a servir..., Cacilhas, Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cacilhas, 2011
Informação relacionada:
Liga dos Bombeiros Portugueses, Núcleo de História e Património Museológico
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