domingo, 7 de janeiro de 2018

Marina Neves (1943-1965)

Marina Neves, nome artístico de Maria de Lourdes Nogueira Neves, nasceu em Lisboa a 25 de Março de 1943, foi cantora e atriz. 

Cova da Piedade Marina Neves (1963-1945).
Decca Records: Noivado, Lado a lado (A); Gosto de você meu bem, Aventura (B).
Imagem: Discos de Vinil Repetidos

Trabalhou na Emissora Nacional. A sua grande, mas curta atividade como cantora levou-a a todo o país e também a Espanha, atuou também em África (Angola e Moçambique). 

Na televisão atua essencialmente em programas de variedades, descoberta por Melo Pereira, que a leva para a RTP.  (1)

Sempre acompanhado de diversas imagens antológicas provenientes do Arquivo da RTP, há ainda lugar neste episódio para recordar três vozes que nos abandonaram precocemente: Maria Marize e Marina Neves, recordadas por Artur Garcia, e Mirene Cardinalli [ver episódio]. (2)

Como atriz, fez o filme "Uma Hora de Amor" ao lado de António Calvário. (3)


Foi uma actriz, conhecida por Uma Hora de Amor (1964) [v. abaixo], Melodias de Sempre (1960) e A TV Através dos Tempos (1964)

Faleceu em 1965. (4)

Tendo-se iniciado no Centro de Preparação dos Artistas da Rádio, no inicio dos anos 60, tornou-se particularmente notada, quando a editora Alvorada, resolveu em 1964 editar as canções do Festival desse ano, por vozes diferentes das dos criadores.

Marina Neves foi escolhida para cantar Olhos nos Olhos, e fê-lo numa colagem tão precisa à versão original de Simone de Oliveira, que foi com um misto de surpresa e de crítica que foi recebida a sua interpretação. A polémica daí resultante foi quanto bastou para que se tornasse de imediato uma cantora requisitada.


Marina Neves, jovem muito bonita e bastante simpática, tornou-se figura indispensável dos Serões para Trabalhadores , tendo feito sucesso nesses e em todos os outros espectáculos em que participou.

A sua voz e expressividade em palco tinha potencialidades que infelizmente não pode desenvolver.

Uma doença oncológica, poucos meses depois, afastá-la-ía dos palcos e tirar-lhe-ia a vida.


As canções que deixou gravadas testemunham a sua qualidade vocal, apesar de, no entanto, estarem muito aquém do que ela merecia. A sua morte, prematura, com pouco mais de 20 anos provocou na altura, uma verdadeira comoção nacional.

Tal como sempre acontece, tão forte foi a comoção, quão rápido foi o esquecimento. (5)


(1) Palco a Quem Merece
(2) Estranha Forma de Vida - Uma História da Música Popular Portuguesa (episódio 7)
(3) Palco a Quem Merece
(4) IMDB
(5) in-senso: Mirene e Marina

Mais informação:
Revista Plateia n° 489, 5 de novembro de 1974:
Marina Neves, homenagem póstuma na Cova da Piedade

Estranha Forma de Vida - Uma História da Música Popular Portuguesa (RTP Play)

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