sábado, 1 de dezembro de 2018

Praia das Lavadeiras (de passagem...)

Quando o bom tempo e o ciclo das marés o permitiam, a praia era transformada num imenso estendal de roupa branca, tão imaculada como os castelos de espuma que, arrastados pelas ondas, se dispersavam na areia.

Lavadeiras junto ao Rio Tejo (detalhe), Garcia Nunes.
Arquivo Municipal de Lisboa

Tratava-se da "Praia das Lavadeiras", conhecida desde tempos muito recuados pelo povo de Almada e frequentada por gerações de mulhers que ali acorriam por falta de alternativas próximas e acessíveis... (1)


(1) António Neves Policarpo, Mulheres na história da água..., SMAS de Almada, 2003

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O sr. Moreira da fábrica de conservas A. Leão & Cia., Sucessores de Lino & Cia.

2 comentários:

Olhares disse...

Já não sou do tempo das lavadeiras embora a minha mãe ainda se lembre, mas sem a necessidade de recorrer a esta praia para lavagem de roupa, pois o Paio do Ginjal onde nasci era fértil em água, e toda aquela zona do cais existiam grandes nascentes. No entanto lembro bem da fabrica de destenho de Virgilio Correia, ainda a laborar, chegavam grades chapas "zincadas" em fragatas e eram recolhidas as aparas dos moldes de latas de conservas como mostra a imagem. Esta praia era também onde muitos aprenderam a dar as primeiras braçadas, talvez pela proximidade e a raridade de transportes principalmente ao fim de semana encontrava-se cheia.

Luis Eme disse...

Gosto desta praia das lavadeiras.

abraço Rui