A Batalha. Hino revolucionário, música de Tomás del Negro, letra de João Black.
I
Surgindo vem ao longe a nova aurora
Que os povos há de unir e liberar
Desperta rude, escravo, sem demora,
Não leves toda a vida a meditar.
Destroi as cruas leis da sujeição
E quebra as vis algemas patronais!
O mundo cai ter nova rotação,
Os homens hão de ser todos iguais.
CÔRO
É justo aos parasitas dar batalha,
A terra só pertence a quem trabalha...
II
Labutas atrelado ao cruel jugo,
Em troca da miséria por desdouro
Enquanto o teu patrão, o teu verdugo,
Aumenta à tua custa o seu tesouro.
É tempo já de erguer bem alta a voz,
bradr ao causador do teu sofrer:
A terra foi legada a todos nós;
Trabalha tu também, é teu dever.
CÔRO
É justo aos parasitas dar batalha,
A terra só pertence a quem trabalha...
III
Terrível convulsão sacode a terra
Sedenta de Justiça e Liberdade.
À guerra de opressão sucede a guerra
Que tende a redimir a Humanidade.
Saudemos, pois, o facho de porvir,
Das hostes comunais suprema luz.
O lema do futuro é produzir;
Dos lucro só partilha quem produz.
CÔRO
É justo aos parasitas dar batalha,
A terra só pertence a quem trabalha... (1)
Arquivo Nacional Torre do Tombo |
I
Surgindo vem ao longe a nova aurora
Que os povos há de unir e liberar
Desperta rude, escravo, sem demora,
Não leves toda a vida a meditar.
Destroi as cruas leis da sujeição
E quebra as vis algemas patronais!
O mundo cai ter nova rotação,
Os homens hão de ser todos iguais.
CÔRO
É justo aos parasitas dar batalha,
A terra só pertence a quem trabalha...
II
Arquivo Nacional Torre do Tombo |
Em troca da miséria por desdouro
Enquanto o teu patrão, o teu verdugo,
Aumenta à tua custa o seu tesouro.
É tempo já de erguer bem alta a voz,
bradr ao causador do teu sofrer:
A terra foi legada a todos nós;
Trabalha tu também, é teu dever.
CÔRO
É justo aos parasitas dar batalha,
A terra só pertence a quem trabalha...
III
Terrível convulsão sacode a terra
Sedenta de Justiça e Liberdade.
À guerra de opressão sucede a guerra
Que tende a redimir a Humanidade.
Saudemos, pois, o facho de porvir,
Das hostes comunais suprema luz.
O lema do futuro é produzir;
Dos lucro só partilha quem produz.
CÔRO
É justo aos parasitas dar batalha,
A terra só pertence a quem trabalha... (1)
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João Salustiano Monteiro (Black) nasceu em Almada, a 28 de Setembro de 1872 e faleceu em Lisboa, aos 83 anos de idade, no dia 18 de Dezembro de 1955.
Tendo completado o 2.° ano no Liceu do Carmo, resolveu ir ser tipógrafo e jornalista. Em 1892 entrou para O Século pela mão de Eugénio da Silveira e tempos depois fez-se aluno da Sociedade "A Voz do Operário" entrando depois para seu quadro gráfico.
Manteve amizade com vultos do socialismo, mas foi no campo sindical onde marcou a sua presença como educador ponderado e poeta revolucionário. Participou no Congresso de Tomar em 1914 e outros que lhe sucederam e escreveu o Hino revolucionário "A Batalha" que o Maestro Del Negro musicou. (2)
(1) Arquivo Nacional Torre do Tombo
(2) Projecto MOSCA cf. E. Rodrigues (1982). A oposição Libertária em Portugal. 1939-1974. Lisboa. Sementeira
Informação diversa:
Canções libertárias
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