Procissão de S João em Almada, segundo uma photographia do sr. dr. Judice Pragana. Imagem: Hemeroteca Digital, revista Branco e Negro, Julho de 1897 |
Já em 1730, a Mesa da Irmandade se recusara a organizar a procissão, alegando que o oratório ficava muito distante da vila. Esta atitude provocou insubordinação popular, argumentando João Vieira de Sã Ribeiro que a procissão de São João Baptista se realizava para a Ramalha desde tempos que não havia lembrança nos homens velhos do seu tempo, exigindo que se cumprisse o preceito religioso, pois desde que deixou de ter lugar, não deram as fazendas novidades, o que se reconhecia por castigo divino.
Procissão de S João em Almada, segundo uma photographia do sr. dr. Judice Pragana. Imagem: Hemeroteca Digital, revista Branco e Negro, Julho de 1897 |
Apenas em 3 de Junho de 1734, o assunto fica parcialmente solucionado através de uma Provisão do Patriarca de Lisboa, D. Tomás I, na qual ordenava que "levem o santo à dita ermida na véspera do seu dia, e o tragam no dia, como de tempo imemorial se tem praticado, e mandamos que esta se cumpra como nela se contem".
Procissão de S João em Almada, segundo uma photographia do sr. dr. Judice Pragana. Imagem: Hemeroteca Digital, revista Branco e Negro, Julho de 1897 |
A partir desse dia foi a população da Ramalha e de mais lugares vizinhos, que se encarregavam dessa tarefa e a procissão jamais deixou de se realizar ao longo dos últimos 266 anos. (1)
(1) Caparica News cf. Jornal da Região — Almada, 15 de novembro de 2000
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