Uma família piedense na romaria da Ramalha em 25 de junho de 1931. Da esquerda para a direita, no 1° plano: Maria das Dores Banha; Henrique Banha; Lucrécia das Dores Banha e Ester Banha. No 2° plano, pela mesma ordem: Florêncio Banha; N. N. e Verdum Banha. A fotografia foi cedida pela D. Lucrécia Banha. InfoGestNet (SFUAP) |
A festa pitoresca da Ramalha, que ocorria nas tardes de 24, — (antes e depois da saída da procissão com o andor de S. João Baptista da ermida de S. Antão, também conhecida por «capela da Ramalha», para Almada), — e de 25 de Junho, era muito concorrida por populares da "Outra Banda", em particular do concelho de Almada, até aos finais da década de 1960.
Famílias da Mutela na romaria da Ramalha em 25 de Junho de 1942. A imagem ilustra os romeiros da Mutela, em 25 de Junho de 1942, reconhecendo-se, entre outros: João Gomes Silvestre («Marcela»), Emília, Maria Emília Laranjeiro, Maria Luísa, Domingos Teixeira, Sebastião Baptista, Cidalina Baptista, Rosa Pais Silvestre, Bernardino Ferreira Gomes Silvestre, Germano, João Peres, Laura "Baúta", Maria José "Baúta", Deolinda Silvestre, Caetano José Laranjeiro, Urbano "Aguadeiro", Maria Teixeira. Estes e outros moradores, na sua maioria operários ligados à indústria naval e corticeira, confraternizavam, saboreando as suas merendas. Alexandre M. Flores, Romeiros na Ramalha, Alexandre Flores no Facebook |
Havia arraial, merendas, "comes e bebes", à sombra das oliveiras e das figueiras, desfile de carroças e galeras engalanadas com canas verdes e flores campestres, ranchos de folgazões que debandavam depois para as suas localidades ao som de harmónios, trompetes, flautas, clarinetes e outros instrumentos que traziam das colectividades que possuíam bandas.
Uma tarde na Ramalha. José Pereira |
Nesta festividade joanina, onde se junta o religioso e o profano, alguns romeiros tornaram-se bastante populares, como a «Flora» de Cacilhas e mais tarde do Laranjeiro; o «José da Aurora» da Mutela; os «Carrasquinhos» do Caramujo; o Henrique Banha e sua família; o «Tio Mealhas» da Romeira com o seu grande bombo; Heitor e Manuel Parada, de Almada; a «Ramboia» das Barrocas; o «Marcela» da Mutela; e outros romeiros brincalhões [...] (2)
(1) António Avelino Amaro da Silva, O Caramujo, romance histórico original, Lisboa, Typographia Universal, 1863
(2) Alexandre M. Flores, Romeiros na Ramalha..., Alexandre Flores (Facebook)
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Da Ramalhinha aos Crastos
Informação adicional:
Quinta
2 comentários:
Era o que podemos falar de "festança" (com tudo, até algum boxe de rua), Rui.:)
abraço
Nem mais caro Luis,
Dá para tudo, ou não fosse Almada, o S. João que sai da capela de S. Tiago para pernoitar na capela de S.to Antão...
Um abraço
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