A sul da caldeira ficavam as valas alimentadas pelas águas do ribeiro da Mutela (o que corre pelo vale de Mourelos) e pelas águas de maré. A passagem entre as valas e a caldeira era "a ponte", nome que ainda hoje é lembrado. (1)
Cova da Piedade, Arnaldo Fonseca, 1890 Imagem: Boletim do Grémio Portuguez d’Amadores Photographicos * |
A ponte do Caramujo, na sua forma primitiva ligava a Mutela ao Caramujo nos finais do séc. XIX... A grande vala representada na ilustração [sic] era uma das valas provenientes do largo da Piedade, que mais tarde foi aproveitada para colocação do colector.
Em 1923, [o Dr. António Resende Elvas] montou o consultório na rua Capitão Leitão (Almada), depois na rua Manuel Febrero e, em 1935, mandou construir a "Clínica Dr. António Elvas" na Mutela, no lugar da ponte do Caramujo (2).
Clínica de Dr. António Elvas, 1935 Imagem: João Elvas |
É criada [em 1944] uma zona de protecção ao conjunto de instalações da marinha do Alfeite e, dentro dela, uma zona de expansão e influência dessas instalações.
A zona de protecção é demarcada, pelo lado do rio, pela linha de margem compreendida entre o limite SE das instalações do quartel do Corpo de Marinheiros e o ponto de encontro dessa linha com o prolongamento, até a rio, das fachadas do lado norte da rua que liga à estrada nacional n.° 19-1.° no local designado por Ponte do Caramujo. (3)
Zona de protecção das Instalações da Marinha no Alfeite Imagem: Diário da República, I Série, n° 138, 28 de Junho de 1944 |
(1) Pereira de Sousa, R. H., Almada, Toponímia e História, Almada, Biblioteca Municipal, Câmara Municipal de Almada, 2003, 259 págs.
(2) Flores, Alexandre M., Almada antiga e moderna, roteiro iconográfico, Freguesia da Cova da Piedade, Almada, Câmara Municipal de Almada, 1990, 318 págs.
(3) Diário da República, I Série, n° 138, 28 de Junho de 1944, pág. 584
* Barrocas, António, Arte da luz dita, revistas e boletins teoria e prática da fotografia em Portugal (1880-1900), Vol. II, 2006
1 comentário:
Oi:
Bonita a 1a imagem!
A descobri ao buscar por 1890... E eram tempos bem diferentes dos atuais. E devia ser bem mais fácil viver em tal época.
Até,
Rodrigo
(dupacevi@gmail.com).
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