Vista de Belém e Almada tomada de Cascais, Charles Landseer, 1825. Imagem: Instituto Moreira Salles |
Entre a família, a inclinação para as artes revelou-se também em outros filhos do casal: Thomas Landseer (1795 - 1873), gravurista, Jessica Landseer (1807 - 1880), pintora e gravurista, e Edwin Landseer (1802 - 1873), que obteve maior sucesso dentre os irmãos, tornando-se um conhecido pintor da era vitoriana inglesa.
Vista de Almada e Cacilhas, Charles Landseer, 1825. Imagem: Instituto Moreira Salles |
Após estudar pintura com o pintor histórico e escritor Benjamin Robert Haydon (1786 - 1846), ingressou em 1816 na Royal Academy de Londres, e nos anos de 1822 e 1824 fez suas primeiras participações em exposições: exibiu as telas The delivery of Prometheus na exposição de inverno da British Institution for Promoting Fine Arts (1822) e First sight of woman durante a exposição inaugural da Royal Society of British Artists (1824).
Vista de Almada e Cacilhas (detalhe), Charles Landseer, 1825. Imagem: Instituto Moreira Salles |
O ano de 1825 marcou a viagem de Charles Landseer ao Brasil sob o cargo de artista oficial da missão diplomática comandada por Sir Charles Stuart. A comitiva tinha por meta articular a devida legitimação da independência do Brasil entre as coroas de Portugal e Inglaterra; a ocasião significou ao jovem artista uma oportunidade de aperfeiçoar os seus talentos, bem como ampliar seu repertório iconográfico.
Vista de Almada e Cacilhas (detalhe), Charles Landseer, 1825. Imagem: Instituto Moreira Salles |
Assim, embarcado no navio HMS Wellesley de março a julho de 1825, Landseer aportou primeiramente em Portugal, seguindo posteriormente para o Brasil. A comitiva retornou à Inglaterra, pelo navio HMS Diamond, no período de maio a outubro de 1826. Entre os caminhos de ida e volta, Landseer passou três meses em Portugal [...] (1)
Vista de Cacilhas e de S. Julião, Charles Landseer, 1825. Imagem: Instituto Moreira Salles |
Charles Landseer (1799 - 1879) foi o artista oficial da missão diplomática britânica chefiada por sir Charles Stuart, que partiu de Lisboa para o Rio de Janeiro, em 1825, a fim de negociar o reconhecimento por parte de Portugal do recém-independente Império brasileiro. Após quase dez meses no Brasil, a missão retornou à Inglaterra, em 1826, com escalas em Lisboa e nos Açores.
Vista de Cacilhas e de S. Julião (detalhe), Charles Landseer, 1825. Imagem: Instituto Moreira Salles |
Durante os três meses que passou em Portugal, na primeira etapa da viagem, Landseer realizou mais de 90 desenhos e aquarelas.
Vista de Cacilhas e de S. Julião (detalhe), Charles Landseer, 1825. Imagem: Instituto Moreira Salles |
O artista se interessou, sobretudo, pelos mosteiros, igrejas, palácios, castelos de Lisboa e das localidades vizinhas, assim como pelo povo nas ruas lisboetas: marinheiros, barqueiros, camponeses, trabalhadores, mendigos, padres e monges.
Vista de Cacilhas e do Tejo, Charles Landseer, 1825. Imagem: Instituto Moreira Salles |
Charles Landseer é considerado um dos mais importantes dentre os muitos artistas europeus que visitaram o Brasil nas duas décadas posteriores a 1808 — como Nicolas-Antoine Taunay, Jean-Baptiste Debret, Thomas Ender, Johann Moritz Rugendas, Augustus Earle e seu companheiro de viagem na missão Stuart, o botânico William John Burchell. [...] (2)
Vista de Cacilhas e do Tejo, Charles Landseer, 1825. Imagem: Instituto Moreira Salles |
(1) Instituto Moreira Salles
(2) Idem
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