segunda-feira, 10 de março de 2014

A embocadura do rio Tejo em 1710

Os franceses aplicam o termo "rivière" a um curso de água doce que desemboca noutro, também ele de água doce. O termo "fleuve" aplica-se quando o curso de água doce desemboca no mar ou no oceano.

... sendo que para si o Tejo é uma "rivière" consideraria Nicholas De Fer (mais artístico que preciso) o Mar Oceano como "rivière" ou "fleuve"?

Embouchure de la Rivière Du Tage, Nicholas De Fer, 1710


A cultura da vinha em 1730

A Outra Banda, na província do Alentejo. Os campos e o casario que por aí havia. Os ribeiros que desciam o Vale de Mourelos. As parcelas destinadas à cultura da vinha.

Esboço próximo da carta de Nicholas De Fer, "Embouchure de la Rivière Du Tage, 1715", ou da "Carta e vistas de Lisboa e arredores, 1756", onde o autor descreve o sismo de 1526 mas omite a representação da calamidade de 1755.

Representações de Almada no século XVIII. (1)

(1) Silva, Silva Francisco Manuel Valadares e, Ruralidade em Almada e Seixal nos séculos XVIII e XIX, Imagem, Paisagem e Memória, Lisboa, Universidade Aberta, 2008, 271 págs.  

Grande Passe, Rivière du Tage
Grande Passe, Rivière du Tage, Bibliothèque nationale de France, Documento cartográfico manuscrito

domingo, 9 de março de 2014

Almada bélica e bucólica no século XIX

Se dilemas há que nunca existiram, outros perduram sem que deles haja notícia.

William Page (1794 - 1872), topógrafo e pintor de paisagens, durante a Guerra Penínsular (1809 - 1814) fez o esboço daquilo que podia observar do campo do convento de S. Paulo.

Era Marechal de Campo Arthur Wellesley (1769 – 1852), o Duque de Wellington.

O esboço de Page, mais tarde, foi passado a desenho por Clarkson Frederick Stanfield (1793 – 1867), pintor de marinhas.

Pode ter sido na transcrição do esboço para o desenho que surgiu a grafia "Almeida" relativa ao topónimo Almada.

Desse desenho foi aberta uma gravura, pelo buril de Edward Francis Finden (1791–1857).

A gravura foi publicada, entre outros, em Finden's Landscape Illustrations to Mr. Murray's First Complete and Uniform Edition of the Life and Works of Lord Byron, London, John Murray, 1832, com o título "Lisbon from Fort Almeida [sic]".

Lisbon from Fort Almeida [sic], Drawn by C. Stanfield from a Sketch by W. Page, Engraved by E. Finden, Fieldmarshal The Duke of Wellington

Robert Batty (1789 – 1848), ilustrador e topógrafo, serviu na Guerra Peninsular (1809 - 1814) tendo sido ferido.

Regressou a Portugal (1826 - 1827) como Ajudante de Campo do General William Henry Clinton (1769 –1846) no apoio à jovem rainha D. Maria II (1819 - 1853) e à causa liberal.

Durante esse período, que precedeu a Guerra Civil Portuguesa ou Guerras Liberais (1828 - 1834), Batty fez um esboço daquilo que podia observar do campo do convento de S. Paulo..

Desse desenho foi aberta uma gravura, pelo buril de William Miller (1796 – 1882).

A gravura foi publicada em Select Views of some of the Principal Cities of Europe, London, Moon, Boys, and Graves, 1832, com o título "Lisbon from Almada".

Lisbon from Almada, Drawn by Lt. Col. Batty, Engraved by William Miller, 1830

quinta-feira, 6 de março de 2014

A Boca do Vento no início do século XX

"Por 'boca' e 'descida' designam-se em Almada os talvegues resultantes de vales escavados na arriba junto ao Tejo ou à encosta atlântica permitindo o acesso à margem do rio ou ás praias da Costa." (1)

Almada, Boca do Vento, ed. Paulo Emílio Guedes & Saraiva, 12, década de 1900.
Imagem: Fundação Portimagem

(1) PEREIRA DE SOUSA, R. H., Almada, Toponímia e História, Almada, Biblioteca Municipal, Câmara Municipal de Almada, 2003, 259 págs.

A Boca do Vento e o miradouro

Há sítios de onde se avista o passado.

Vemo-lo sentado no cais a olhar as águas do rio ou encostado à beira da estrada onde um dia ficou.

Por vezes, quando regressamos a esses sítios, o passado já lá não está. Outras vezes, foi o sítio que mudou.

Miradouro Luíz de Queiróz ou miradouro da Boca do Vento, ed. Lifer 663

Olho de Boi e Companhia Portuguesa de Pescas, vista tomada do miradouro da Boca do Vento, Amadeu Ferrari, década de 1940

Miradouro Luíz de Queiróz ou miradouro da Boca do Vento, ed. desc.

Cais do Ginjal e fábrica La Paloma, vista tomada do miradouro da Boca do Vento, Amadeu Ferrari, década de 1940

terça-feira, 4 de março de 2014

Castelo de Almada, vista nascente, em 1663

Não sei se Mallet desceu do escaler no cais onde mais tarde se contruíu a Fonte da Pipa e subiu a estrada até ao largo Boca do Vento;

ou se desceu na praia mais a montante e subiu pela Barroca até ao Meijão Frio;

ou se desceu no porto de Cacilhas e subiu o caminho junto ás ermidas, a nova de Sta. Luzia e, mais adiante, a velha de S. Lázaro.

"Em 1666, por mandado de D. Afonso VI, a fortaleza foi ampliada. Podem datar deste tempo as muralhas e a esplanada onde se encontra o jardim público; do lado oposto, leste, desconhecem-se quaisquer obras. Pelas gravuras conhecidas nada se pode avaliar pois mostram sempre o lado oeste…" (1)

(1) PEREIRA DE SOUSA, R. H., Fortalezas de Almada e seu termo, Almada, Arquivo Histórico da Câmara Municipal, 1981, 192 págs.

MALLET, Alain Manesson, Les Travaux de Mars, ou l'art de la guerre, 1. Ed., Paris, 1671, 3 v.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Almada em 1897

Almada em frente de Lisboa, assente na margem esquerda do nosso formosíssimo e poético Tejo... (1)

(1) Queiróz, Luíz de, Branco e Negro Semanário Ilustrado, n° 56 2° Ano, Lisboa, António Maria Pereira (Livraria AMP), 1896 - 1898, .
Fonte: Hemeroteca Digital