O Tejo em frente do Caramujo, Revista Illustrada, fotografia de A. Lamarcão, gravura de A. Pedroso, 1892. Referencia: Toscano, Maria da Conceição da Costa Almeida, A fábrica de moagem do Caramujo património industrial Imagem: Fernandes, Samuel Roda, Fábrica de molienda António José Gomes |
Da esquerda o quadro vae terminar no agudo Pontal de Cacilhas.
Vista da Quinta do Outeiro, Caramujo e enseada da Cova da Piedade, Francesco Rocchini, anterior a 1895. Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa |
Da direita vê-se a meio da praia a pequena ponte que dá facil desembarque para os armazens de vinhos;
mais além ainda a praia e os rochedos, depois o terreno encurva-se, e apresenta a vista, como um alvo lançol, o estabelecimento de Valle de Zebro, e mais em distancia as casinhas do Barreiro, como outros tantos pontos esbranquiçados sobre o fundo escuro do horisonte.
Vista de Almada e Cacilhas (detalhe), Caramujo, enseada da Cova da Piedade, Charles Landseer, 1825. Imagem: Instituto Moreira Salles |
A noite está serena. O silencio é apenas interrompido pelo ruido das vagas, que magestosamente se desenrolam na areia.
Quem áquella hora e com aquelle luar escutasse o rouco marulho do patrio Tejo, facilmente imaginaria a voz de um velho acalentando uma creança.
Caramujo, ed. Paulo Emílio Guedes & Saraiva, 15, década de 1900. Imagem: |
Mais perto percebe-se que ao rumor das aguas se reune o vozear baixo e entrecortado, que sae de um pequeno grupo de pessoas sentadas á porta do pateo da tanoaria de Jeronymo. (1)
Plano Hydrográfico do Porto de Lisboa (detalhe), 1847. Imagem: Biblioteca Nacional de Portugal |
(1) Silva, Avelino Amaro da, O Caramujo, romance histórico original, Lisboa, Typographia Universal, 1863, 167 págs.
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