Fort d'Almade, 1685, Les Travaux de Mars ou L'Art de la Guerre, Alain Manesson Mallet, 1696. Imagem: Columbia University |
As principais obras aqui realizadas estavam associadas a períodos de instabilidade política, como por exemplo a Guerra da Restauração (1640-1668), quando o Castelo de Almada foi reparado entre 1658 e 1666; (1)
Painel de azulejos na rua da Quinta da Horta, no Pragal, em Almada. Imagem: Rui Coutinho |
Alain Manesson estuda matemática e geometria com o engenheiro militar Philippe Mallet, que ensina desde 1654 no colégio de Bourgogne. Manesson Mallet seguidamente torna-se mosqueteiro no regimento da guarda de Louis XIV.
Em 1663, por instância de Pierre de Massiac, parte para Portugal, então empenhado na ultima fase da Guerra da Restauração (1640-1668) para entrar ao serviço de Afonso VI.
Método para fortificar as Cidades com uma nova Muralha, em aí encerrando a Antiga
Vista do castelo de Almada e de Lisboa, 1663 (detalhe). Imagem: Alain Manesson Mallet, Les Travaux de Mars, ou l'art de la guerre |
Da Ortografia; Perfil ou Representação da Altura dos Terraços; e das Larguras e Profundidades dos Fossos
Fort d'Almade, 1685, Op. Cit. |
Após a assinatura do tratado de Lisboa (1668), Manesson Mallet regressa a França [...] (2)
Ruínas do castelo de Almada, Carta Geographica da Provincia da Estremadura (detalhe), c.1777 - 1780? Imagem: Biblioteca Nacional de Portugal |
[...] no fim do século XVIII, num período conturbado da política europeia, o Castelo de Almada (fig. 6), que fora severamente danificado com o terramoto de 1755, foi totalmente reedificado com o apoio da população almadense em 1797, segundo projecto de Francisco d’Alincourt, também responsável por um projecto de uma nova fortificação da Torre Velha da Caparíca e respectiva bateria baixa de 1794 e 1796, e só em parte construído, o qual fora ordenado pela rainha D. Maria I ao Marechal General Duque de Lafões, sendo inspector Guilherme Luís António de Valleret, no ano de 1794. (3)
Planta do castelo de Almada em 1772.
Imagem: Rui Manuel Mesquita Mendes. |
O rio Tejo, abaixo e oposto a Lisboa, é ladeado por rochas íngremes e grotescas, particularmente no lado sul. Essas no arco sul, são geralmente mais altas e muito mais magníficas e pitorescas que os penhascos de Dover. Sobre uma das mais altas dessas rochas, e diretamente opostas a Lisboa, permanecem as ruínas planas do Castelo de Almada.
Vista de Lisboa tomada de Almada, século XVIII. Imagem: Museu da Cidade de Lisboa |
Em dezembro, 1779, como o Autor deambulava entre estas ruínas, foi atingido pela ideia, e formou o plano do seguinte poema; uma ideia que, pode permitir-se, foi natural para o Tradutor dos Lusíadas, e o plano pode, até certo grau, ser chamado como um suplemento a esse trabalho [...] (4)
Vista geral de Lisboa, tomada perto de Almada, século XVIII. Imagem: Museu da Cidade de Lisboa |
Durante a Guerra Civil realiza-se em 1833 uma nova campanha de obras no Castelo de Almada por iniciativa de D. Miguel, e presumivelmente conduzidas pelo Eng.° Louis Mounier, nas quais o castelo foi ampliado. (5)
Lisbon from Almada, Drawn by Lt. Col. Batty, Engraved by William Miller, 1830. Imagem: Wikimedia |
(1) Rui M. Mesquita Mendes, Obras Pública nos Concelhos de Almada e Seixal..., Centro de Arqueologia de Almada, 2015
(2) Wikipédia
(3) Rui M. Mesquita Mendes, idem
(4) William Julius Mickle, Almada hill: an epistle from Lisbon, Oxford, W. Jackson, 1781
(5) Rui M. Mesquita Mendes, idem, ibidem
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Alain Manesson Mallet, Les Travaux de Mars ou L'Art de la Guerre
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