Cacilhas, ed. Paulo Emílio Guedes & Saraiva, 20, década de 1900. Imagem: |
Os tréns e as carroças foram rendidos pelas camionetas e táxis, relegando as bestas de tracção para outras tarefas.
Já rareavam as burricadas, um negócio dos donos das cocheiras e de taberneiros, estes sempre prontos a receber o cavaleiro sobre a besta para lhe ofertar o copo de vinho.
Almada, Cova da Piedade, mata do Alfeite, eram os lugares visitados pelos jumentos.
[Cova da Piedade], Uma Burricada, ed. Paulo Emílio Guedes & Saraiva, 14, década de 1900. Imagem: Delcampe |
Janotas que vinham fazer a barba a Cacilhas por um pataco, pagavam o barco e ainda restava dinheiro para o copo de vinho.
Pharol de Cacilhas, ed. Paulo Emílio Guedes & Saraiva, 3, década de 1900. Imagem: |
O farol e o chafariz lá estariam ainda por muitos anos e bons, a iluminar marcantes em noite de breu e a ofertar água a cántaros e barris.
Chafariz de Cacilhas, ed. Paulo Emílio Guedes & Saraiva, 4, década de 1900. Imagem: Delcampe |
Caldeiradas, mariscos cozidos ou assados, a fresca sardinha da Caparica e de Sesimbra, eram os petiscos mais apreciados.
Operários da doca da Parry & Son e da Symington, descarregadores do carvão mineral inglês recebido no armazém do Black davam a nota industrial de maior relevo, assim como os tanoeiros do Ginjal e o pessoal da cortiça e das conservas de peixe.
Cacilhas — um lugar de embarque para Lisboa e porto antiquissimo, frequentado por catraeiros, descarregadores, marítimos e calafates. (1)
Typos de Catraeiros, ed. Paulo Emílio Guedes & Saraiva, 23, década de 1900. Imagem: Delcampe |
(1) Correia, Romeu, Cais do Ginjal, Lisboa, Editorial Notícias, 1989, 188 págs.
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