Persistência da memória, Salvador Dali 1931. Imagem: WikiArt |
Da esquerda o quadro vae terminar no agudo Pontal de Cacilhas.
Viata da Quinta do Outeiro, Caramujo e enseada da Cova da Piedade, Francesco Rocchini, anterior a 1895. Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa |
Da direita vê-se a meio da praia a pequena ponte que dá facil desembarque para os armazens de vinhos;
Cova da Piedade, Arnaldo Fonseca, 1890 Imagem: Boletim do Grémio Portuguez d’Amadores Photographicos * |
mais além ainda a praia e os rochedos, depois o terreno encurva-se, e apresenta a vista, como um alvo lançol, o estabelecimento de Valle de Zebro, e mais em distancia as casinhas do Barreiro, como outros tantos pontos esbranquiçados sobre o fundo escuro do horisonte.
Memória, René Magritte, 1948. Imagem: WikiArt |
A noite está serena. O silencio é apenas interrompido pelo ruido das vagas, que magestosamente se desenrolam na areia.
O Tejo em frente do Caramujo, Revista Illustrada, fotografia de A. Lamarcão, gravura de A. Pedroso, 1892. Referencia: Toscano, Maria da Conceição da Costa Almeida, A fábrica de moagem do Caramujo património industrial Imagem: Fernandes, Samuel Roda, Fábrica de molienda António José Gomes |
Quem áquella hora e com aquelle luar escutasse o rouco marulho do patrio Tejo, facilmente imaginaria a voz de um velho acalentando uma creança.
A desintegração da persistência da memória, Salvador Dali, 1954. Imagem: WikiArt |
Mais perto percebe-se que ao rumor das aguas se reune o vozear baixo e entrecortado, que sae de um pequeno grupo de pessoas sentadas á porta do pateo da tanoaria de Jeronymo.
(1) António Avelino Amaro da Silva, O Caramujo, romance histórico original, Lisboa, Typographia Universal, 1863
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